quinta-feira, 13 de março de 2008

O Aparecimento Incomparável

Negro. O céu estava negro e nublado. As nuvens de grande porte escondiam a felicidade para lá dos olhares, o Sol. Um céu austero e sisudo escondia toda a esperança, todo o sentido da vida. Ela aparecia. E tudo, espontaneamente, ficou mais claro, radiante, e um Sol resplandecente e brilhante aparecia. Parecia que este corpo escaldante nunca tinha estado escondido pela infelicidade e pelo infortúnio. Ela caminhava; ele parado e esperançoso, com seu coração a bater a cada milésimo de segundo, fazendo um pang, pang, contra a caixa torácica. Ela corria como alguém que procurava saciar uma fome incontrolável e explosiva. Ele, ainda parado, queria gritar de felicidade, parecendo que o Mundo era seu e que não havia amanhã. Tudo se concentrava no Presente. Nada mais importava. Ela continuava a precipitar-se em direcção a Ele. Precipitando-se como se não houvesse obstáculo possível para a fazer parar e abrandar. O Sol estava no seu ponto mais alto; no seu auge. Ela corria; ele parado. O Sol era reflectido na sua pele, nos seus poros, na sua alma, no seu ser. Ao mesmo tempo que ela corria, cada fio de cabelo dourado, ficava para trás, a ondular ao sabor da brisa marinha. Sim, era uma praia. Praia essa, com rochedos afiados nas margens, mas onde Ele estava estagnado, não havia nada mais, para além da areia leve e ondulante, e o mar que rebentava na beira-mar, fazendo espuma branca e sólida, que desaparecia como o dia para a noite. Até que, Ela chegou até Ele, e este abraçou-a como se não houvesse amanhã. As saudades... O aparecimento... Tudo levou a este momento maravilhoso e incomparável. Continuaram-se a abraçar, com uma força e uma firmeza inigualável. Um momento como nenhum outro... A areia rodopiava em volta dos seus pés, como véus; o mar parecia uma orquestra, pois começou a rebentar na beira-mar, com uma intensidade sem igual. Tudo parecia mágico. Posteriormente, o abraço foi quebrado e cada um seguiu o seu caminho, em sentido oposto. Mas o Mundo não ficou tétrico, como anteriormente, mas sim, inalteravelmente pacífico. Sim, o Amor muda tudo, até mesmo a Natureza!

sábado, 8 de março de 2008

Sou Mulher, e gosto!

Eu sou Mulher. Mulher.
Por vezes, menina.
Mas não deixo de ser Mulher.
Mulher...
Hoje é o nosso dia.
Dia de atenção, dedicação e palavras acolhedoras...
Para algumas Mulheres, apenas hoje é que se sentem Verdadeiramente Mulheres.
Para outras, nem hoje, nem Nunca.
Mas existem outras, essas sim, onde eu me incluo. Felizes Sempre, pois têm tudo de que precisam.

Agradeço pelo dia em nossa homenagem, mas agradeço mais por ser Sempre feliz, independentemente do dia...

A Velha e o Gato

Era uma velhalha
Bateu no gatoto
Com a pontata
Do seu sapatoto
Pobre velhalha
Pobre gatoto
Pobre pontata
Do seu sapatoto!

Músicas de infância...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Orgulhosa...

Orgulhoso [o] - adj., que tem orgulho; soberbo; altivo; inspirado pelo orgulho; que manifesta orgulho;

Sim, a palavra chave é Orgulho.
Orgulho, Orgulho e Orgulho.

Sabes quando alguém é Estupidamente Bom em alguma coisa? Um amigo, um familiar, ou mesmo tu? Pois...

O Orgulho é um mar de inspirações; e deriva de um acto ou de uma característica.
Portanto, é definitivo. Está comprovado. EU SINTO-ME ORGULHOSA DE UM IRMÃO.

Irmão esse, que me surpreende a cada milésimo de segundo, a cada respiração, a cada palavra, a cada momento, a cada sorriso...
Irmão esse, que apesar de o conhcer à pouco, sinto uma ligação profunda e violentamente grande.
Irmão esse, que gosta de escrever, e escreve como ninguém. Não se substima (como todos os poetas), e quer mostrar que não é mais do que um simples ser humano, que nos passatempos, vai para o teclado de um computador ou pega numa caneta, e põe-se a escrever 'à toa'. Pois, 'à toa', não é bem a expressão correcta. Ele faz aquilo como ninguém e consegue que um 'molho' de palavras perdidas 'na escuridão do pensamento', façam sentido nos corações dos priveligiados que lêem esses textos.

Querem mais razões para eu me orgulhar deste meu Irmão Jo?

Obrigado, Jo...

Eu adoro-te.

As Mulheres das Tranças Longas

Weldish, uma vila vaga e perdida no meio de um vale profundo, no mapa de País de Gales, era célebre nas redondezas devido aos ornamentos e aos penteados das senhoras desta terreola.
As mulheres altas, esbeltas, com um ar superior a qualquer ser conhecido ou imaginário, o ar frio de mulheres poderosas, pairam nas maiores altitudes. O 'chamamento' de visitantes a Weldish, eram as mulheres com enormes tranças. Tranças essas loiras, ruivas, pretas, cor-de-chocolate, cor-de-framboesa e até de avelã. Tranças apetecíveis aos olhos invejados dos visitantes. Essas mulheres eram como monumentos de uma cidade lendária espantosa. Todos as olhavam com ar de espanto e agonia. E porquê agonia, se estas mulheres tinham uma beleza incontrolável? Pois, atrás daqueles bustos frios e conscientes do seu domínio, com longas tranças ornamentadas com flores secas e com fios de pérolas que enchiam as suas tranças de mais brilho, escondiam-se mulheres frágeis, débeis, e o seu interior estava pronto a cair como o Muro de Berlim. Mas nenhuma destas características eram reveladas a ninguém, nem mesmo a si próprias, pois queriam interiorizar da melhor maneira, a imagem que passavam para o Mundo exterior ao 'seu'.
Existia um rapaz, sim, um rapaz chamado Belchior. Este, admirava as Mulheres das Tranças Longas, que era este a denominação dessas mulheres, e sonhava ter tranças longas como elas, deixando que todos que as admirasse, captassem a sua luz resplandescente. Portanto, Belchior decidiu fazer umas tranças, pois tinha o cabelo doirado como um campo de trigo. Todos os habitantes da aldeia ficavam zangados com tamanha afronta e imitação. Aquelas Mulheres das Tranças Longas, eram Ícones para Weldish. Por isso, os Homens, não gostavam de Belchior, pois achavam que ele queria ter a mesma reputação que as Mulheres das Tranças Longas.
Belchior nunca mais tirou as tranças, e a partir daí, mostrou poder e determinação, e todos os Homens que possuiam o cabelo comprido, faziam tranças que lhe batia no fundo das costas.
Apesar de tudo, as Mulheres das Tranças Longas, 'eram as Mulheres das Tranças Longas', e à vista do 'Mundo Exterior' a Weldish, os Homens não lhes chegavam 'à planta do pé'. Mesmo assim, existia respeito ao sexo masculino da vila.
E Weldish, ao longo dos tempos, 'continuou a ser Weldish', porque Nunca deixou de ser como era, e Nunca perdeu o seu maior monumento e 'chamariz', as Mulheres das Tranças Longas.

Erros meus, má fortuna, amor ardente

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Porque é que o sofrimento afasta a luz;
Como uma cruz,
Sentimento escondido, dia esquecido, momento descontente

O céu da felicidade está nublado
Só as gaivotas pairam no ar
Nesse momento ninguém se atreve a falar
Apenas a inquietação mora lado-a-lado

Por vezes, os sentimentos são indispensáveis
Tudo parece nada
E a vida é um mar vasto de oportunidades

Porquê com os erros aprender,
E com a Fortuna perceber da pior maneira que nada provém dela?
Será que sabemos viver?

Realizado por: Raquel Leal

Nota: O título deste soneto é de um soneto do célebre Luís Vaz de Camões.

quarta-feira, 5 de março de 2008

O Sentido Oposto das Palavras

'O Sentido Oposto das Palavras?'. Perguntava-me. 'Claro.'. Respondia eu com convicção. 'E porquê?'. Bem, o porquê é relativo, penso eu.

Por vezes, as expressões ou palavras usadas por alguém, têm um sentido para essa pessoa, mas podem ter outro sentido "oposto" para o 'outro alguém'. Cada um interpreta as palavras como quer, ou como sente.

Neste caso, podemos falar em Filosofia. Sim, a minha adorada filosofia. Isto é, cada 'alguém' faz uma interpretação de algo, através dos seus valores.


Mas eu escolhi este nome por uma simples razão, é que estes textos que escrevo neste blog, têm significado para mim, mas para quem os lê, até pode nem ter qualquer significado. É apenar por isso. Somente isso.


Só vos peço que tentem e consigam desfrutar ao máximo deste meu 'cantinho', que tanto valorizo. Eu aceito e PEÇO críticas, conselhos e elogios.

Obrigado.